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“Modelo de Três Círculos: O Segredo para Gerir Conflitos e Alcançar Sucesso na sua Empresa Familiar”

Out 21, 2024

O “Modelo de Três Círculos da Empresa Familiar” foi desenvolvido por Kelin Gersick, John Davis, Marion Hampton e Ivan Lansberg para ajudar a compreender as complexas interações nas empresas familiares, considerando três dimensões essenciais: propriedade, família e empresa. Cada uma destas dimensões representa papéis distintos desempenhados por sócios, gestores e familiares, criando um ecossistema que precisa de equilíbrio e harmonia para prosperar

Vou-lhe contar uma história…

Imagine a Empresa Familiar Silva, fundada há décadas pelo Sr. Joaquim, que começou como uma pequena loja e cresceu para se tornar uma rede respeitada no setor. Hoje, a empresa é gerida por uma combinação de familiares e profissionais externos, cada um ocupando posições que refletem as sete categorias do Modelo de Três Círculos.

Categoria 1: Membro da família sem envolvimento direto Dona Ana é irmã do Sr. Joaquim, mas nunca esteve envolvida na gestão da empresa. Ela vive a sua vida sem se preocupar com o dia a dia dos negócios, mas sente-se orgulhosa do sucesso da família. De vez em quando, é consultada sobre decisões estratégicas que podem afetar a família como um todo, como a venda de parte do negócio ou mudanças na estrutura acionista.

Categoria 2: Sócio não familiar O Sr. Carlos é um investidor que não pertence à família Silva, mas que viu potencial na empresa e decidiu investir. Ele não participa na gestão, mas está sempre atento aos resultados financeiros e espera um retorno sólido sobre o seu investimento. Para ele, o foco é maximizar o lucro e valorizar as suas ações.

Categoria 3: Colaborador não familiar A Júlia é a responsável pelo departamento financeiro na empresa, contratada pelo seu conhecimento no setor. Ela não é membro da família nem tem participação acionista, mas é uma peça fundamental para o funcionamento diário da empresa. A Júlia muitas vezes encontra-se no meio de decisões que envolvem disputas familiares e precisa manter a neutralidade para garantir a eficiência do trabalho

Categoria 4: Membro da família proprietário, mas sem função executiva O Sr. João, filho do fundador, possui parte das ações da empresa, mas não trabalha no dia a dia. Ele vive noutra cidade e envolve-se apenas nas decisões importantes, como a distribuição de dividendos e a aprovação de grandes investimentos. Para o João, é importante que a empresa continue a gerar dividendos, pois isso garante a sua segurança financeira.

Categoria 5: Sócio da empresa, mas não membro da família A Sra. Teresa foi trazida como sócia e executiva pelo seu conhecimento no mercado em que a empresa atua. Apesar de não ser da família, ela adquiriu uma participação acionista e trouxe inovação para a empresa. A Teresa precisa equilibrar o seu papel como gestora, tomando decisões que muitas vezes entram em conflito com os interesses da família, mas o seu objetivo é garantir o crescimento sustentável do negócio.

Categoria 6: Membro da família na gestão, mas sem participação acionista O Paulo, neto do Sr. Joaquim, trabalha na empresa como responsável pelo departamento de marketing. Ele não possui ações, mas deseja construir a sua carreira e provar o seu valor na empresa familiar. O Paulo acredita que a empresa deve reinvestir os lucros para crescer e expandir, o que o coloca em desacordo com o Sr. João, que prefere a distribuição de dividendos.

Categoria 7: Membro da família que é proprietário e executivo A Sra. Carla, filha mais velha do Sr. Joaquim, é a CEO e também uma das principais acionistas. Ela equilibra o papel de líder executiva e herdeira do legado familiar. Para a Carla, é essencial preservar o negócio da família, garantindo que continue a prosperar e que as futuras gerações possam beneficiar dele. Ela toma decisões difíceis e muitas vezes precisa mediar conflitos entre as diferentes partes interessadas.

Conflitos e Desafios no Dia a Dia…

Um dos maiores desafios na Empresa Familiar Silva surgiu na última reunião de acionistas para discutir a política de dividendos. O João (Categoria 4) insistiu que a empresa deveria aumentar os dividendos para os acionistas, pois acreditava que era justo receber mais pelos anos de dedicação que ele e o seu pai, o fundador, investiram. Por outro lado, o Paulo (Categoria 6) defendia que a empresa precisava reinvestir na expansão para novos mercados, garantindo o crescimento a longo prazo e mais oportunidades para a sua carreira e para outros membros da família.

 

Conclusão

O Modelo de Três Círculos mostra como os diferentes papéis e interesses se cruzam e se sobrepõem na gestão de uma empresa familiar. Cada uma das sete áreas representa um conjunto distinto de dinâmicas que precisa ser gerido para garantir o sucesso do negócio e a coesão da família. Entender essas interações ajuda a identificar potenciais conflitos, encontrar soluções e alinhar os interesses de todos os envolvidos. Assim, a empresa pode prosperar, mantendo-se fiel aos valores que a família estabeleceu ao longo do tempo

 

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