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Por Que os Fundadores Resistem à Transição?

Set 15, 2024

1. Identidade Pessoal e Apego Emocional

Para muitos fundadores, a empresa não é apenas um negócio, mas uma extensão de si próprios. Anos de dedicação, sacrifício e construção de relações fazem com que o empreendimento seja parte integrante da sua identidade pessoal. A ideia de se afastar pode gerar sentimentos de perda e vazio.

2. Medo da Irrelevância

Deixar a liderança pode levar o fundador a temer a perda de relevância, tanto na família como na sociedade. O papel de líder empresarial confere frequentemente estatuto, respeito e propósito, e a transição pode parecer uma ameaça a esses aspectos.

3. Desconfiança na Capacidade dos Sucessores

Há casos em que o fundador não confia totalmente na capacidade dos sucessores em manter o negócio a prosperar. Essa desconfiança pode ser baseada em percepções sobre a falta de experiência, compromisso ou visão estratégica da próxima geração.

4. Dificuldade em Lidar com Mudanças

Muitos fundadores estão habituados a controlar todos os aspectos do negócio. A ideia de mudanças significativas na forma como a empresa é gerida ou na direção estratégica pode gerar resistência, especialmente se o fundador for avesso a riscos ou inovações que fujam do modelo estabelecido.

 

Estratégias para Superar a Resistência do Fundador

1. Comunicação Aberta e Empática

Estabelecer um diálogo aberto é fundamental. Os sucessores e demais membros da família devem abordar o assunto com empatia, reconhecendo os sentimentos do fundador e expressando as suas próprias preocupações e expectativas.

Dicas:

  • Escolher o momento adequado para conversas importantes, evitando períodos de stress ou alta carga de trabalho.
  • Utilizar uma linguagem positiva, focando nos benefícios da transição para o fundador e para a empresa.

2. Envolvimento Gradual dos Sucessores

Uma transição gradual pode ajudar o fundador a adaptar-se à ideia de partilhar e, eventualmente, ceder o controlo.

Ações:

  • Delegar responsabilidades progressivamente, permitindo que o sucessor demonstre a sua capacidade.
  • Criar projectos conjuntos, onde o fundador e o sucessor trabalhem lado a lado, facilitando a transferência de conhecimento.

3. Planeamento de uma Nova Actividade para o Fundador

Ajudar o fundador a encontrar um novo propósito pode aliviar o medo da irrelevância.

Sugestões:

  • Papel de Mentor ou Consultor: Permitir que o fundador continue a contribuir com a sua experiência, sem estar envolvido na gestão diária.
  • Participação em Conselhos: Inserir o fundador em conselhos consultivos ou administrativos.
  • Projectos Pessoais: Incentivar a dedicação a hobbies, filantropia ou outros interesses que tragam satisfação pessoal.

4. Procurar Apoio Profissional

Consultores especializados, coaches ou terapeutas podem facilitar o processo, oferecendo perspectivas neutras e ferramentas para lidar com as emoções envolvidas.

Benefícios:

  • Mediação de conflitos, ajudando a família a lidar com questões sensíveis.
  • Estruturação do processo de sucessão, garantindo que aspectos legais e financeiros sejam adequadamente planeados.

5. Formalizar um Plano de Sucessão

Um plano estruturado traz clareza e segurança para todas as partes envolvidas.

Componentes do Plano:

  • Cronograma de Transição: Estabelecer datas e etapas claras para a transferência de responsabilidades.
  • Definição de Papéis e Responsabilidades: Clarificar o que se espera de cada membro durante e após a transição.
  • Protocolos Familiares: Criar acordos que formalizem as regras de convivência e governança.

6. Valorizar o Legado do Fundador

Reconhecer e celebrar as conquistas do fundador pode facilitar o desapego.

Formas de Valorização:

  • Cerimónias ou Homenagens: Eventos que destaquem a contribuição do fundador.
  • Documentação da História da Empresa: Criação de materiais que perpetuem o legado e os valores estabelecidos.

 

Conclusão

A resistência do fundador à transição é um desafio comum, mas que pode ser superado com compreensão, planeamento e acção estratégica. Reconhecer os sentimentos envolvidos e abordar a situação com sensibilidade é fundamental para garantir uma sucessão harmoniosa.

A continuidade e o sucesso da empresa familiar dependem da capacidade de equilibrar o respeito pelo passado com a preparação para o futuro. Ao enfrentar a resistência do fundador de forma proactiva, a família não só preserva relações importantes, como também fortalece a empresa para as próximas gerações.

 

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